sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Federação Paulista sinaliza com boas iniciativas. Mas ingresso continua caro


A Federação Paulista aproveitou a parada nas atividades da bola para as festas de fim de ano e divulgou através do Coronel Marinho, seu responsável pela arbitragem e pela estruturação do campeonato, algumas medidas e cuidados que estão sendo tomados para o próximo ano. Sempre é bom ressaltar que entre a palavra de um cartola e a mudança efetiva do que quer que seja, há uma distância do tamanho da cidade de São Paulo. Mas, desacreditar de antemão é no mínimo, um ceticismo improdutivo.


Para evitar tragédias como a ocorrida na Fonte Nova recentemente, a promessa é de uma inspeção mais detalhada em cada um dos vinte estádios que vão abrigas as partidas. O Coronel adiantou inclusive, que o estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, precisa de modificações na sua arquibancada principal, caso contrário o azulão terá que sediar seus jogos no Bruno José Daniel, estádio do rival Santo André.


Para os gramados a perspectiva é de melhora em relação ao ano passado. O Marcelo Stéfani em Bragança Paulista e o Dario Rodrigues Leite em Guaratinguetá, duas praças que deram muita dor de cabeça aos atletas, tiveram seus gramados trocados com investimentos da ordem de 200 mil reais. Entre aqueles que subiram da Série A2, o Antenor Piccardi Semeighini em Itápolis é o mais acanhado. Com capacidade para 15000 pessoas e a torcida próxima ao campo as chances de problemas são grandes.


Mas é bom o torcedor não se alegrar muito. Mais uma vez, ele foi visto como coadjuvante na festa do futebol. O cenário de crise econômica não foi suficiente para sensibilizar os dirigentes. 20 reais será o preço mínimo da entrada inteira mais barata para as partidas e nos clássicos esse valor deve ser majorado. Promoções poderão ser feitas somente com antecedência e pelo sistema de venda de carnês. A opção por adotar ou não o sistema, fica para cada clube. Veremos os estádios com bom público no interior apenas nos jogos contra os chamados grandes, dependendo da situação do time da casa na tabela. O acúmulo de competições e datas para os grandes, vai colocar a prova o interesse do torcedor pela competição estadual e o pobre e combalido bolso do brasileiro.


A novidade mais curiosa fica por conta da arbitragem. Agora os trios serão fixos, ou seja, um determinado árbitro será acompanhado pelos mesmos auxiliares em todas as escalas. A tentativa é gerar um entrosamento maior entre eles e com isso diminuir os erros. Graças a pressão da imprensa e da opinião pública, ao fim de cada rodada a federação vai divulgar a avaliação de cada um dos trios. Uma comissão de considerados notáveis será montada para isso. Reuniões com todos os apitadores e bandeirinhas vão acontecer a cada três rodadas para que critérios a respeito de lances específicos sejam definidos. É impossível prever os resultados na prática. Mas uma coisa é certa. Antes de se investir na tecnologia eletrônica como solucionadora de todas as falhas, é ótimo que se tome medidas inteligentes, de baixíssimo custo e que em nada afetam o princípio de universalidade do jogo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Washigton!!! Renato Silva e Júnior César....


Para ser reconhecido em qualquer atividade é preciso freqüência, regularidade e produção. Nenhum time brasileiro tem respeitado tanto esse tripé na última década, quanto o São Paulo. Não faltam elementos para comprovar isso. Uma comissão técnica permanente formada por gente acima de qualquer suspeita nas suas funções e afinada com os objetivos e a direção do clube. Como continuação dessa idéia, analisa o perfil do treinador antes de contratar. Avalia currículo sim. Mas avalia também atualidade, busca quem esteja estudando, se reciclando e tenha concepções modernas. E a cereja no bolo. Respaldo para vencer os períodos normais de oscilação, continuidade no trabalho por convicção de quem manda.



Essa é a tão falada estrutura tricolor. Que se soma claro, a um espaço físico adequado para o tratamento dos profissionais, com academia, hotel, campos de treinamento e etc. Esse mecanismo aliado a bons resultados, mascara possíveis erros. Minimiza aas falhas que em outro lugar certamente tomariam proporções muito maiores. No quesito contratações, as falhas tem sido constantes. Lembremos Juninho e Joílson vindos do Botafogo com status de estrela. Éder, lateral do Noroeste, que provocou festa entre os aficcionados do Norusca com sua saída. Éder Luís que volta ao Atlético Mineiro sem deixar saudade.



São cinco as novidades já garantidas para a temporada 2009. Louvável para um campeão que não dorme nos louros da glória e desfruta com inteligência de sua boa condição financeira para o cenário nacional. Vagner Diniz é destaque absoluto pelos lados de São Januário. Um ala que vem pra dividir responsabilidades ofensivas com Jorge Wagner e tornar o time ainda mais equilibrado.


Washigton é outro tiro certo e que veio sem custo por vencimento de contrato. Artilheiro cascudo, brigador e que se dedica e respeita a torcida e a camisa que veste. No caso de Eduardo Costa, muita gente diz que é um volante talhado para Libertadores. Que vai jogar em Buenos Aires, Montevidéu e na altitude como se estivesse no quintal de casa. Não compactuo com essa visão. O que existe é jogador ruim, médio e bom. Eduardo saiu no início da campanha do Grêmio que não se abalou. Pelo contrário, a dupla Wiliam Magrão e Rafael Carioca se fortaleceu e a equipe melhorou. Renato Silva já passou por três grandes do Rio e em nenhum deles provocou suspiros. Vem pra ser reserva e nem sequer compõe bem o elenco sãopaulino que pode investir por eexemplo, no menino Aislan, promessa da categoria de base. Júnior César sim, pode ser um reserva. Mas tenho dúvidas se será realmente útil.



Nem só de flores vive o Morumbi. É preciso reconhecer os espinhos da primavera. Mas nada indica que desses espinhos não vão nascer os melhores frutos de 2009.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Matando saudades.

Ontem foi dia de reviver tempos bons. Pra quem ainda não sabe, o ex melhor do Mundo Rivaldo é o novo presidente do Mogi Mirim. Para comandar o departamento de futebol do clube, Rivaldo vai contar com a ajuda do ex- paimeirense e amigo Cléber. O Clébão, zagueiro campeão Paulista, e Brasileiro pelo verde de palestra Itália no início dos anos 90. Essa ligação permitiu que se realizasse um jogo entre aquele time multicampeão do Palmeiras Parmalat e o Carrosel Caipira, time que tornou o Mogi Mirim conhecido nacionalmente e foi quarto colocado no Paulistão de 93.


Gente que quando atuava fazia a bola correr muito mais do que seus pés. Gente que só perdeu a condição física mas que ainda joga bola com uma plástica admirável. Viradas de jogo e lançamentos em profundidade que ocorreram na mesma frequência em que vemos carrinhos e chutões na maioria dos jogos. Os componentes emoção e camisa ficam de lado quando a brincadeira é pela arte. Independente da preferência clubística todos estavavam ali para reverenciar gente que fez história e que habita belas páginas do nosso imáginário e memória futebolísticos.


Foi como entrar no túnel do tempo e recuar 10 anos. Ou como para um amante do cinema que revê uma coletânea das peças de Chaplin na era do cinema mudo. Estar num barzinho da Lapa ouvindo Tom e Viníciús para quem ama Bossa Nova. Ou ainda poder rever o mestre Raul Seixas se você tem rock nas veias. Mais nobre que isso só as seis toneladas de alimento arecadadass para contribuir com as famílias atingidas pela enchente em Santa Catarina.


Estiveram por lá pelo Palmeiras: Sérgio, Odair, Cléber( que não perdeu uma dividida), Alexandre Rosa e Biro, César Sampaio, Pingo, Rincón, Luizão Evair, Jorge Preá e Gil Baiano.
Pelo Mogi jogaram: Mauro, Amaral, Capone, Luís Carlos Guarnieri e Lélis, Wiliam Magrão e Dinelson (que ajudaram a completar o time), Giovani, Givanildo, Rivaldo e Leto.


Algumas explicações: Jorge Preá jogou em 2008 pelo Verdão e vai disputar o Paulista pelo Mogi. Wiliam Magrão tem casa na cidade e compareceu para abrilhantar a festa. Dinélson ex-Corinthans, está próximo de um acerto com o Sapão.

Peixe contrata bem para brigar no Campeonato Paulista


Todos os holofotes desta semana estão justamente voltados para Ronaldo. Se jogar, o fenômeno faz o Corinthans subir dois ou três degraus na escala da competitividade por títulos. O São Paulo confirmou as prováveis contratações de Vagner Diniz e Eduardo Costa e está ainda mais forte. Mas muito pouco tem se falado do Peixe, que sem fazer barulho mostra que quer respirar ares mais tranqüilos em 2009.



Primeiro a renovação com o artilheiro Kleber Pereira. Retorno garantido. Investimento de baixíssimo risco em tempos de crise. Mas é consenso entre aqueles que acompanham o cotidiano do futebol, que a peça mais rara de se encontrar no mercado é aquele meia de ligação talentoso, capaz de desiquilibrar. Um 10 que pense o jogo, faça o time fluente e infernize as defesas.O Santos driblou essa dificuldade e trouxe dois de uma só vez. Madson, ex-Vasco e Lúcio Flávio ex- Botafogo.



Madson fez a torcida vascaína sonhar por mais tempo com uma possível permanência na primeira divisão. Num contexto, no qual a responsabilidade recaia sobre os ombros de Leandro Amaral Edmundo e Renato Gaúcho, foi Madson que encarnou o espírito cruzmaltino e encarou as defesas adversárias de frente. Passes longos, dribles, arrancadas e chutes. Na era do profissionalismo, o menino mostrou um envolvimento emocional invejável com a causa. Pena que alguns de seus companheiros jamais devessem ter, sequer, passado na porta de São Januário. Se estivesse jogando numa equipe minimamente competitiva, seria figura certa em todas as seleções do campeonato.



Lúcio Flávio a pelo menos 3 anos é o destaque técnico do Fogão. É verdade que Diguinho e Túlio por exemplo, foram bons coadjuvantes. A última impressão pode não ter sido a melhor. Mas o Botafogo teve vários momentos de desempenho vistoso nas últimas temporadas. Basta lembrar da liderança do primeiro turno no Brasileirão do ano passado. Muito em função de Lúcio, que tem um jogo mais clásico e cadenciado sem deixar de ser objetivo. Sou fã de carteirinha dos dois.



Triste é notar a outra realidade que essas contratações trazem à tona. Entra ano sai ano e os cofres dos clubes cariocas continuam na penúria. A espera de uma parceria que salve a lavoura e permita mais alguns meses ou anos de sobrevivencia tranquila. E que não venham dizer que no caso do Vasco, isso é consequência da queda para Série B. Desde o início da era dos pontos corridos, o time é desmontado entre um campeonato e outro e até dentro deles. Ano passado o lateral esquerdo Guilherme de 18 anos, saiu nessa condição. E este ano foi Morais que ironicamente vai disputar a série A.



Paulistão promete. Já o carioca....

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Festinhas do Brasileirão 2008: Capítulo 2

Agora foi o Atlético Mineiro que teve problemas com jogadores baladeiros. Mariano, Lenílson e Calisto deixaram a concentração do Galo em São Paulo, antes do jogo contra o Palmeiras, e caíram na gandaia. Desta vez parece que a coisa não vai acabar em pizza como aconteceu com jogadores do Flamengo no início do campeonato.

O treinador Marcelo Oliveira determinou que os jogadores retornassem imdiatamente a Belo Horizonte e disse não pretender mais contar com o futebol desses atletas. A diretoria alvenegra estuda a possibilidade de demitir por justa causa os envonvidos.

Sem entrar no mérito da punição, fatalmente se as dispensas se corfirmarem o Galo vai sentir dentro de campo. Mariano é o jogador mais regular da equipe. Sempre a principal opção de ataque e uma grande preocupação dos adversários. Lenílson tem feito alguns gols decisivos. Calisto..... Bom esse não faria tanta falta. O rebaixamento ainda não está fora da realidade atleticana. Qualquer passo em falso e a segunda divisão se aproxima. Não queria estar na pele de Marcelo Oliveira.

Número 1


O circuito mundial de tênis feminino (WTA), tem nova número um. A sérvia Yelena Yankovic. Para assumir a posição Yankovic venceu dois torneios nas duas últimas semanas, Pequim e Stutgart. Na Alemanha, ela venceu na manhã de ontem, a russa Nádia Petrova.

Yelena é a segunda tenista de seu país a assumir a ponta do ranking este ano. Em janeiro, após vencer o aberto da Austrália, Ana Ivanovic foi número 1. Fica agora a expectativa para o torneio anual que reúne as oito melhores tenistas, a ser realizado mês que vem

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Gol de placa.


Hoje foi dia do segundo jogo da seleção brasileira de futsal na Copa do Mundo que está sendo realizada, no Rio de Janeiro e em Brasília. 21 x 0 contra Ilhas Salomão. Um jogo espetacular de Falcão. Seis gols, dribles, passes e jogadas em velocidade. O goleiro Thiago, o ala Schumacher e o pivô Lenísio foram os outros destaques.


Mas o título desse post não faz referência a um dos gols, e sim aos momentos pós partida. Meninos com média de 17 anos de idade, correndo em direção ao ídolo mito Falcão. Querendo um afago, um aperto de mãos e uma foto. Imagem que arrepia qualquer amante do esporte. Aliás, qualquer pessoa que sonhe com uma humanidade realmente humanitária e coletivista.


Falcão mostrou humildade e se portou exatamente como se espera de alguém que é referência pra milhares de garotos em todo mundo. Melhor ainda. Todos os jogadores brasileiros fizeram questão de participar desse momento. Mais uma foto. Relação pura tietes e ídolos. Com o respeito que infelizmente deixou de ser obrigação e passou a ser virtude. Que esse espírito se espalhe por cada canto do globo.

Boca e LDU cumprem tabela.


4 gols. Esse era o tamanho da vantagem do Boca para a partida de volta das oitavas de final do Copa Sulamericana contra a LDU. Nem as voltas dos titulares Campos e Urrutia foi suficiente para incomodar o time B boquense. O técnico do time equatoriano, Edgardo Bauza, fez algumas mudanças táticas que foram inoperantes. Manso, o organizador de jogadas da Liga, atuou como volante. O colombiano Boanõs jogou mais por dentro e o chileno Navia foi o segundo atacante.


Jogando no melhor estilo da escola argentina, a equipe azul e amarela cansou de criar contra ataques rápidos e bonitos. Num deles o atacante Noir, de 17 anos, fez linda jogada driblando dois e foi derrubado. Dátolo bateu o pênalti e abriu o placar. Três minutos depois, mais uma jogada de Noir e outro pênalti, dessa vez não marcado.


Num chute despretencioso a bola desviou na defesa e Delgado empatou pra LDU. Eram 26 do segundo tempo e a primeira chance do time no segundo tempo. Daí pra frente foram 3 atacantes e mais duas oportunidades perdidas.

Marquem esses nomes; Forlin zagueiro, Barroso lateral direito, Chaves volante, Gaitan atacante e Noir atacante. As futuras estrelas do time da Bonbonera e do futebol argentino.

Jogando pro gasto.

Foi assim que o Internacional se classidicou para as quartas de final da Copa Sulamericana. Só quatro titulares começaram a partida. Clemer, Ricardo Lopes, Bolivar e Edinho. Apesar do horário patético para satisfazer a grade de programação da TV, AS 17 horas de ontem, mais de vinte mil pessoas estavam no Beira Rio. As explicações são a boa fase colorada e o grande número de sócios, com desconto nos ingressos, que o clube gaúcho tem.

O Inter até começou bem. Forçando o jogo pelo lado esquerdo com Marcão, que voltou ao melhor da sua forma e está correndo como menino. Taison, o melhor em campo e Daniel Carvalho também caiam pelo setor. A Universidad jogou para não perder. Uma linha de quatro, outra de cinco e apenas Barrientos isolado no ataque. Foi exatamente numa jogada individual de Tyson cortando dois adversários e batendo da entrada da área que a primeira chance real foi criada.

Ainda tentando voltar a melhor forma, Daniel Carvalho demorou meio tempo pra fazer sua primeira boa jogada. Vindo de trás ele cruzou servindo o jovem Adriano que tocou pra fora. As principais opções ofensivas do time chileno foram completamente apagadas. O lateral Valenzuela e o meia Milosevic, estrela da companhia, nada fizeram. Eis que surge a linha burra. Numa cobrança de falta a zaga do Inter sai mal e conta com a ajuda da arbitragem. Seria o gol chileno. Na sequência, Daniel carvalho faz lançamento de trinta metros e acha Adriano que dribla o goleiro e chuta na trave.

O segunto tempo foi sofrível. Sem inspiração nenhuma, os dois times deram um show de passes errados. A destacar apenas a infelicidade Guiñazu. Vindo do banco, ele teve o braço deslocado em seu primeiro lance e deve ficar vinte dias fora dos gramados. Daqui pra frente a coisa deve complicar. Na próxima fase, o gigante Boca Junior é o adversário.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

GP de Cingapura Segundo treino livre.

Foi mais um treino equilibrado. Outra vez Lewis Hamilton e Felipe Massa viraram no mesmo décimo. Agora com um minuto quarenta e cinco segundos e sete décimos. Parecia uma festinha particular. Mas esqueceram de avisar um campeão mundial. Fernando Alonso foi um décimo mais rápido e mostrou ser sim, candidato a pódium no domingo. Raikonen foi lento e acabou em sexto.


Mas as emoções não pararam por aí. Várias escapadas em curvas diferentes num circuito traiçoeiro. Nenhum acidente grave graças a ótimas áreas de scap. Uma pista que exige arrojo e habilidade dos pilotos. Teve também ameaça de bomba não confirmada no box da BMW. O local foi evacuado e vasculhado por trinta minutos. Kubica não teve o desempenho afetado e terminou em quinto.


É clara ainda a diferença entre Ferrari a Mclaren no aquecimento de pneus. A escuderia italiana leva, no mínimo, duas voltas a mais para alcançar bom rendimento. No primeiro e no terceiro trecho da pista a vantagem é ferrarista. Na segunda e maior parcial, a vantagem é da equipe inglesa.


Os outros brasileiros foram um fiasco. Nelsinho foi só décimo primeiro e Rubens Barrichello o lanterna. Uma sexta feira pra apagar do seu currículo.

F1 em Cingapura Primeiro treino livre.

Fim do primeiro treino livre e promessa de muito equilíbrio. Líder e vice líder do campeonato Mundial, Lewis Hamilton e Felipe Massa repetem as posições no início dos trabalhos em Cingapura. Os dois viraram na casa de um minuto quarenta e cinco segundos e cinco décimos. Raikonen foi o terceiro e deu pinta de que ainda acredita que pode brigar pelo título.


O posto de terceira equipe desse grande prêmio vai ser disputado por BMW e Renault. Ou melhor, por Robert Kubica e Fernando Alonso. O espanhol liderou boa parte da sessão. Várias foram as rodadas na entrada da reta que é antecedida por uma curva em sexta marcha. Iluminação perfeita e nada a reclamar da visibilidade na prova noturna.

Rubinho começou mau em terras asiáticas. Foi apenas o décimo sexto, seis posições a baixo de seu companheieo de equipe, o inglês Jason Button. De quebra, ainda rodou atrapalhando o final do treino. Nelsinho Piquet foi nono, dois lugares e meio segundo abaixo de Alonso. Participação apenas razoável.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Começando do zero.

Voto de confiança. A convocação de hoje da seleção brasileira me trouxe essa vontade para com Dunga.. Apontar os defeitos tornaria este texto longo. As restrições ao trabalho até aqui realizados certamente tomariam páginas e páginas de um discurso já acerbadamente falado e conhecido. A posição de técnico da seleção tem seu ônus e seu bônus. O bônus é a paixão, que com um mínimo aceno na direção de um time mais técnico, arefece o coração do torcedor e até do crítico. Vou então tentar guardas na gaveta as barbaridades que vi nesses dois anos e acreditar que a coisa pode melhorar.


A cada vez que sai a lista de convocados, entre aqueles que deveriam estar e os que são chamados sem estar em boa fase, encontro oito ou nove discordâncias. Desta vez foram só três. As presenças de Doni e Gilberto Silva e a ausência de Thiago Neves. Explico. Aqui no Brasil temos vários goleiros com melhor condição técnica que Doni. Gilberto Silva já há algum tempo, entrou na fase descendente da sua carreira. Tanto que saiu da Inglaterra e foi parar na Grécia. Thiago Neves foi bem sempre que teve chances em Pequim. Tem sido elogiado também nas primeiras partidas que fez pelo Hamburgo da Alemanha.


Vamos às boas novas, a começar pela maior delas. Mancini. O ex-jogador do Atlético Mineiro ,vem mantendo uma regularidade impressionante nos últimos cinco anos. Utilizado primeiro pela direita e depois pela esquerda do meio campo, junto com Totti, comandou a Roma. Agora joga na Inter, cada vez mais como atacante. Thiago Silva merecia nova chance. Afinal, não pode mostrar seu estilo clássico nas Olimpíadas. Kleber vem mau no Santos. Mas não dá pra discutir sua qualidade. É uma aposta válida.


Anderson do Manchester United é um dos melhores volantes de chegada do futebol mundial. Esperemos agora que ele seja escalado no lugar certo. Pato voltou a fazer gol e tem talento incontestável. Merece um crédito, apesar das partidas ruins pelo Brasil. Jô nem parece o mesmo menino que saiu do Corinthians. Ganhou massa muscular, presença de área e precisão no chute. Tem tudo para ser boa opção em 2010. Ronaldinho Gaúcho? Esse ainda não jogou nada esse ano. Ponto para Dunga, que mostrou estar menos teimoso.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Bola que é bom nada!!


Toda vez que algum grande clube da Europa consegue juntar quatro ou cinco grandes estrelas no seu time, vem a inevitável pergunta. Será que vai dar certo? As últimas experiências, principalmente espanholas, não tem dado certo. Talvez a exceção a regra seja o Chelsea, que mesmo assim demorou um tempo para entrar nos trilhos.

Pois bem. O Milan tem agora do meio pra frente Kaká, Ronaldinho, Schevchenko e Pato. Acompanhando o jogo do Milan hoje, nada me fez crer que esse time vai encantar. Sei que estamos só na terceira rodada do italiano e que vai melhorar muito. Mas se eu puder adivinhar, parece claro o que se passa na cabeça do treinador Carlo Anceloti. Disputam posição Kaká e Ronaldinho, Pato e Schevchenko, além de Inzagui e Borrielo. Em condições normais, apenas um de cada dupla joga.

Desta vez o adversário era a Regina. Um time que provavelmente tem o mesmo nível técnico daqueles que vão disputar a embrionária e indefinida série D. O Milan venceu só por 2 a 1, com um gol de bola parada. A Regina descontou num lance de puro acaso, com o atacante Corradi. Esse não jogaria nem no time da minha faculdade. E foi uma só, a jogada consciente milanesa no segundo tempo. Pasmem. Começou com Gatuso!! Passou por Kaká e terminou num bom chute de Pato.
Podemos até ter aí um campeão. Mas a bola tá murchinha murchinha.!!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Manchester vence e apresenta promessas.

O Manchester United venceu o Midlesbrough por 3 a 1 e está nas oitavas de final da Copa da Liga Inglesa. Muito mais omportante do que avançar na competição que é apenas a quarta prioridade dos Red Devils no ano, é perceber que novos promissores jogadores aparecem nas fileiras do time inglês.


Dois deles são brasileiros e foram protagonistas da partida. Rodrigo Possenbon, formado no Inter de Porto Alegre e Rafael, formado no Fluminense. Possenbon é segundo volante de muito boa técnica. Saiu machucado ao receber uma entrada criminosa do zagueiro austríaco Pogatets. Rafael foi o melhor em campo, preciso na marcação e participativo no apoio. Em pouco tempo pode ser titular. Também foram bem, o angolano Manucho, o inglês Welbeck e o norte irlandês Gibson.


O jogo também marcou a volta, como titular, de Cristiano Ronaldo. Ronaldo abriu o placar. Johson empatou em um belo chute de fora da área para o Boro. Em dois lances ridículos da defesa adversária, Ryan Giggs e Nani, que também foi muito bem, deram a vitória e a passagem de fase ao United.

Ele não aprendeu a lição.




Renato Gaúcho deu mais uma de suas arriscadas declarações. Ao assumir o Vasco, falou pra quem quisesse ouvir. O Vasco não vai cair! É detestável que todos que trabalhem no futebol se limitem a entrevistas óbvias. Mas o senhor Portalupe, já quebrou a cara quando exagerou na auto confiança. O mais recente episódio custou o maior título da sua carreira e da história do Fluminense.

Ele mesmo reconhece que ainda não completou a transição treinador jogador. Adora participar rachões, confia só na sua linguagem de boleiro para ser controlador de grupo e não parece ser o mais estudioso dos profissionais.

Quem não se lembra da declaração de Gaúcho ainda como jogador do mesmo Flu. Ele gritou aos quatro ventos. Se o Fluminense cair para a segunda divisão, eu saio pelado andando por aí. E o time das Laranjeiras caiu não só para a Série B como também para a C. Ficamos agradecidos pela promessa não ter sido levada adiante. Feliz por aquele descenso ter representado o despertar da moralização do futebol.
Esse é um puxão de orelha do bem. Puxão de orelha num treinador que está começando a carreira e já tem um título muito importante como o da Copa do Brasil. Tem também uma boa campanha em brasileiro pelo próprio Vasco. Tem boa cotação na imprensa pelo seu jeito brincalhão de ser. O caminho ainda está aberto pra ele. Basta tomar cuidado com os atalhos duvidosos.

Todo mundo na briga.




Vinte e sete rodadas passadas no Campeonato Brasileiro e nada decidido. Tanto na ponta de cima, quanto na de baixo o que se faz são projeções, nenhuma delas clara o suficiente para motivar uma aposta. A rodada do último fim de semana, dividiu a tabela em dois blocos e um indeciso. Até o décimo primeiro lugar, chances claras de acesso a Libertadores. Do décimo terceiro para baixo, risco iminente de rebaixamento. O Galo mineiro é o único que ainda não escolheu a qual turma se juntar.



Entremos no capítulo dos pitacos. O clássico grenal é uma daquelas mini decisões reservadas pelo campeonato de pontos corridos. Vou descer do muro. O Inter tira o Grêmio da liderança do campeonato. Depois de mais de uma dezena de rodadas no comando de Tite, o colorado finalmente se encaixou. Dalessandro mostra partida após partida que foi uma contratação acertada. Nilmar e Alex são craques modernos, que terão a ajuda da pressão psicológica que a torcida tricolor vai impor, mesmo que involuntariamente, no caso de um começo ruim.



Mas a vida também não será fácil para o Palmeiras. Desde a chegada de Roberto Fernandes, o Náutico voltou a ser forte, pelo menos, dentro dos Aflitos. Diego Souza cresceu muito. O corpo de Marcos permitiu que ele fosse novamente o melhor goleiro em atividade no Brasil. Mesmo assim, os palestrinos ainda não tem a consistência suficiente para ser apontado como favorito. Cruzeiro tem agora com Thiago Ribeiro e Guilherme, uma dupla de ataque de campeão. E pode chegar.



Pela quarta colocação vai rolar sangue. Bons times com valores individuais interessantes e treinadores competentes, querem com toda justiça receber um reforço gordo nos cofres e internacionalizar mais a marca dos seus times. Um caminho para que alguns desses trabalhos não sejam vistos como fracassos ao fim de trinta e oito rodadas é a valorização da Copa Sulamericana, que já começa a ser melhor olhada, principalmente pelo Botafogo.



Nem o Ipatinga desistiu da série A. Há muitas rodadas dado como rebaixado, com apenas uma vitória e uma combinação de resultados pode deixar a zona do rebaixamento. Fato que contribui para tornar real a tragédia anunciada do futebol carioca. Vasco e Fluminense não dão sinais de que logo podem respirar aliviados. Daqui até o comecinho de dezembro vamos apreciar o desfecho da temporada mais emocionante da elite do nosso futebol nessa década.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A seleção e Ronaldo fenômeno

Ninguém anda muito contente com a seleção brasileira. E as críticas estão totalmente centralizadas na postura e nas opções do treinador Dunga. Parece até que temos um time cheio de craques voando em campo e que apenas por estarem mal colocados taticamente, vem realizando uma seqüência de partidas ridículas que não lembram em nada a essência do futebol brasileiro.


Críticas justas. Afinal o time tem jogado com os laterais presos e excesso de volantes. Justo também é reclamar da falta de comprometimento de algumas das estrelas. Entrevistas e mais entrevistas a cada vez que a seleção se reúne, deixam clara a idéia de supervalorização do adversário, para que as derrotas para países como Paraguai, Colômbia e Uruguai sejam consideradas normais. Isso é sim alarmante. Mas não é o problema principal.


Em várias outras épocas em que o jogo coletivo não fluía bem, era quase certo. Um ou mais de nossos destaques individuais chamava para si à responsabilidade e resolvia partidas. Hoje temos Ronaldinho Gaúcho ainda bem abaixo de sua condição ideal, Kaká com uma contusão mal explicada que impede a sua apresentação para os jogos das eliminatórias, mas não impede, segundo sai própria declaração, de jogar pelo Milan na segunda rodada do campeonato italiano, apenas três dias após o jogo contra a Bolívia e um Robinho que até o momento da confecção desse texto, ainda não havia sequer “dado as caras” em Teresópolis.


Por isso falo do Ronaldo fenômeno. Hoje pela manhã, o conceituado médico José Luís Runco, falou a imprensa garantindo que Ronaldo está clinicamente curado e que o craque precisa agora de um fortalecimento muscular, recondicionamento físico e principalmente estar disposto a passar novamente por todos aqueles sacrifícios que a vida de atleta exige. Tomara que ele esteja motivado. Os fatos mostram que ainda é muito difícil pensar no “rapaz bem fortinho” atuando em alto nível. Mas por tudo que ele já fez em sua carreira, não dá pra duvidar de Ronaldo.


Várias foram as tentativas. Mas depois dele, ninguém se firmou com a camisa nove amarelinha. Pato, aquele que pelo talento que tem parecia ser o substituto natural definitivo, nada fez por enquanto nas chances que teve. Essa carência aumenta a torcida para que, mais uma vez, a lógica seja desmentida e Ronaldo prove que realmente é dono da alcunha de fenômeno. A boa sorte que o pentacampeão do mundo merece ainda é necessidade pra seleção.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Eu vi a Marta e as guerreiras

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Estados Unidos 1 x 0 Brasil. E o que isso importa? Todo mundo diz que futebol é resultado. É claro que ganhar é fundamental, ainda mais numa disputa que valia um inédito ouro olímpico. Mas não podemos ser simplistas depois de ver uma exibição tão genuinamente brasileira como a que fizeram as nossas meninas do futebol feminino.


Sim. Nossas meninas. Porque cada brasileiro que gosta nem que seja só um pouquinho de futebol e viu essa semifinal, com certeza se sentiu representado e muito bem, por cada uma das guerreiras com a camisa amarela. Eu vi. E não sou adepto do termo “pátria de chuteira”. Mas fico encantado quando vejo aqueles que têm a chance de representar o Brasil, fazendo isso com a mais inesgotável das dedicações.


Elas não tiveram a calma, a competência e a sorte necessárias para fazer o gol. E o que isso importa? Nada. Diante de um time corajoso. que jogou o tempo todo em busca do gol. E fez com brilho. Dribles, lançamentos, habilidade, agilidade de raciocínio e sem fugir da responsabilidade. Alegria, talento, exaustão, brio, comprometimento e todos mais os adjetivos e substantivos que possam descrever a arte de jogar futebol.


Eu vi uma camisa 10. E que camisa 10! Zico e Pelé fatalmente sentiram que Marta pertence, junto com eles, ao clube dos fora de série. Ela acumula vice campeonatos? E o que isso importa? Nada. Os grandes não precisam de taça. Quantos são os campeões que não admitem suas falhas? Talvez muitos. Quantos são os reconhecidamente especiais que tem a humildade de perguntar a si mesmo e aos céus onde estão seus erros? Certamente poucos.


Os mais maldosos podem dizer: Mais quatro anos e outra derrota para as americanas. Vale lamentar a lógica gélida desses. Fria e triste matemática que não pode deixar o sentimento ter voz. Legítimo é se chatear pela ausência de um campeonato descente por aqui. Lamentar porque temos que esperar mundiais, olimpíadas e panamericanos para ver partidas como essa. E o que mais dói? Nada vai ser feito. O azar é do Brasil e é só nosso. Elas vão desfilar em outros campos e fazer palpitar outros corações. Que pena.


Essas guerreiras merecem ser recebidas no aeroporto, desfilar em carro aberto, dar cambalhotas na rampa do planalto. Mas porque as “autoridades” não dão a mínima para o futebol feminino? Queria saber responder. Queria ter visto o choro ser de alegria. Mas não tem problema. O choro da dignidade é o mais bonito. E o Brasil chorou com Marta e as guerreiras