terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fernandão chega e dá o respeito que faltava ao Goiás


Dono de uma das estruturas mais elogiadas pelos profissionais do futebol no país, o Goiás segue a risca a linha do feijão com arroz. Constrói um elenco sem grife, com jogadores que tiveram passagens eficientes por outros clubes de médio porte. Investe continuamente na sua categoria de base, tanto que hoje é muito bem representado na seleção brasileira sub 20.


Tem Hélio dos Anjos a mais de um ano no comando. Não costuma desmanchar sua equipe na janela de tranferencias do meio do ano, porque seus jogadores principais não tem o perfil que mais agrada ao clube estrangeiro. Mas até os próprios dirigentes goianos estão surpresos com o desempenho do time desse ano. Aproveitando a maré favorável, deram uma rasteira nos concorrentes e ontem a noite, anunciaram no site do verde do planalto central, a contratação de Fernandão.

O artilheiro era pretendido por Palmeiras, São Paulo e Santos e chegou a ser dado como certo, inclusive pelo presidente do Internacional, Fernando Carvalho. Nem o jogador nem o clube se pronunciaram sobre o acordo até o momento. Mas a identificação do atacante com a cidade de Goiânia e o time certamente pesaram na balança. É o pulo do gato que faltava para a equipe do Centro Oeste passe a ser vista pela imprensa local e nacional como um verdadeiro candidato ao título.

Fernandäo é aquele líder positivo que usa a sua experiência em prol do coletivo. Deve ser o representante do técnico Hélio dos Anjos dentro das quatro linhas. Hélio vai ter um daqueles doces problemas que todo comandante adora. Como encaixar Fernandão, Felipe e Iarley sem desmanchar aquilo que vem dando certo. Acho que o caminho vai ser utilizar o reforço vindo de trás, como um meia atacante que chega para servir os companheiros e bater em gol. Quem deve perder seu lugar é o jovem Felipe Menezes.


Felipe é uma promessa que deve ser olhada com carinho, mas que não vai criar problemas no ambiente ou reclamar publicamente por ser sacado. Digo mais. Deve se sentir honrado em ser substituído por um craque desse quilate e aprender muito com quem realmente tem o que ensinar. Se já não era antes, o Goiás agora é sim, postulante ao troféu
Foto Espaço Vital

Oficializações no circo da F1




Esta semana se confirmaram duas especulações importantes e até certo ponto previsíveis na F1. O piloto brasileiro Nelsinho Piquet não é mais dono de um cockpit na equipe Renault. Schumacher será o piloto a substituir Felipe Massa enquanto o brasileiro se recupera do acidente sofrido no GP da Hungria.



No primeiro caso, um piloto que em nenhum momento deu os resultados esperados. A alegação de que o espanhol Fernando Alonso sempre teve um carro melhor em mãos, não justifica em nada o retumbante fracasso do filho do tri campeão mundial nesses dois anos. Ou alguém acha que um funcionário é contratado por uma equipe com o objetivo de que ele fique brigando pela rabeira do campeonato? Se o espanhol bicampeão do mundo, tinha realmente um equipamento muito superior na segunda temporada, o mesmo não pode se dizer da primeira. 2008 foi um ano no qual Nelsinho extrapolou todas as cotas de erros permitidos. Mesmo levando em conta a inexperiência e o arrojo desmedido do piloto.



Não há prestígio e patrocinadores fortes que resistam a falhas visíveis. Esta segunda temporada já me pareceu exagero. Agora cabe a Nelsinho, como ele mesmo disse, repensar a sua carreira. Tentar voltar numa equipe menor, trabalhar mais e falar menos.


Sobre o mito Michael Schumacher, ele pode sim representar um problema para a continuidade de Massinha ano que vem. Imaginem se Felipe ficar fora duas provas e o alemão receber a quadriculada nas mesmas. Felipe vai sim voltar a ser titular ferrarista assim que der em 2009. Mas um final de ano discreto acrescido de resultados excelentes de Schumi enquanto correr, vão trazer inevitáveis dúvidas e comparações.



Se isso acontecer, o que pode pesar a favor do brasileiro é exatamente Fernando Alonso. O espanhol voador já tem contrato assinado com a esquadra vermelha para o ano que vem. Dificilmente duas estrelas desse quilate se sentiriam confortáveis como companheiros. A Massa e a nós brasileiros, resta a imensa alegria por sua completa recuperação e o conformismo com um provável papel de coadjuvante em 2010.
Foto O Estado de S Paulo