domingo, 15 de agosto de 2010

Goiânia também é a casa da estrela solitária.

Dez mil pagantes no Serra Dourada viram o Botafogo fazer 2 x 0 no Atlético Goianiense. Desses, no mínimo, 6000 botafoguenes. Os cânticos da torcida alvinegra fizeram com que os "filhotes do papai Joel" mantivessem o embalo e emplacassem a terceira vitória seguida.

O time carioca mudou sua cara com os reforços recentes. Marcelo Matos, Maicosuel e Jóbson tornaram o time de General Severiano mais ofensivo e imprevisível. Tanto que o primeiro lance de perigo saiu numa finta desconcertante de Jóbson em Welton Felipe.

O uruguaio Loco Abreu não viajou com a equipe. Foi poupado após ter jogado no meio de semana por sua seleção. Sua falta foi sentida principalmente no primeiro tempo. Sem imaginação no último passe, o Botafogo foi limitado pela marcação adversária nos primeiros 30 minutos

Jóbson era o brilho. Em mais uma grande jogada, ele colocou a bola na cabeça de Herrera que desperdiçou. Os goianos não existiam no ataque.

Na volta para o segundo tempo, a redenção. Herrera matou no peito e serviu Somália que marcou de carrinho. Era o que faltava para o Fogão se soltar e a torcida gritar olé em terreiro alheio.

Daí em diante, até zagueiro acertou passe no ataque. Foi assim que Fábio Ferreira achou Jóbson que cruzou rasteiro para Edno perder grande chance de ampliar.

Jóbson então decidiu resolver. Em lance individual, ele driblou o goleiro Márcio e rolou para a rede. Maicosuel também cresceu no segundo tempo Lúcio Flávio parece cada vez mais fora dos planos. A Libertadores é um sonho possível. Ao Atlético pouco resta. A permanência na primeira divisão seria surpresa.

Hulk marca e Porto estreia com vitória no Português


Mesmo desfalcado de vários jogadores que deverão ser titulares na temporada, o Porto venceu o Naval por 1 x 0 com gol do braileiro Hulk e somou três pontos na primeira rodada do lusitano.

As dimensões do gramado eram muito reduzidas. Jogadores espremidos e excesso de passes erados no início.
Dois pênaltis, ou melhor, dois megulhos não foram marcados. Um para cada lado. Primeiro Falcâo Garcia e depois João Pedro não passaram no teste para ator

Varela pelo lado direito era a principal arma ofensiva do time do Porto. Ele completou o tripé ofensivo ao lado de Garcia e do braileiro Hulk. Beluchi também ameaçou na bola parada.

Hulk foi o melhor homem em campo. Dentre os 22, o único a tentar o drible, obteve suceso em três oportunidades.

Mas o jogo não fluiu. Uma arbitragem permissiva não coibiu o excesso de faltas. A falta de rítmo também contribuiu para uma partida travada. O lance mais bonito ficou por conta de uma tabela de Hulk com o colombiano Guaín que perdeu o gol.

Juliano quase surpreendeu pelo Naval. Ele obrigou o braileiro Hélton a fazer grande defesa. Na sequencia, em um pênalti muito duvidoso marcado num toque de mâo, Hulk fez o gol da tarde. O atacante ainda perdeu uma chance de ampliar o placar.
Foto: Jornal A Bola.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Kaká e uma nova cirurgia.


Nada como o tempo para trazer as verdades à baila. Kaká foi submetido ontem (4 de agosto), a uma artroscopia em seu joelho esquerdo. Após realizar alguns treinos com os companheiros de Real Madrid na pré temporada, o brasileiro fez uma série de exames e se viu obrigado a entrar na faca.

Alguns detalhes. O médico belga que operou o jogador,Mac Martens, o mesmo que já cuidou de Ronaldo fenômeno, garante que a cirurgia em nada tem a ver com o problema pubiano que já atormenta o brasileiro constantemente. Segundo o cirurgião, o que aconteceu foi um ajuste no menisco do atleta.

Seja isso uma verdade completa ou não, fica evidente que o craque tem o corpo seriamente comprometido e vai ter muitas dificuldades para jogar uma sequencia maior de partidas em alto nível. A lesão pubiana, por sua vez, é crõnica e pode ser apenas controlada. Problemas agravados pelas características do ex melhor do mundo. Velocidade, arranque, carregar a bola. Tudo isso exige muito de uma musculatura já desgastada. Ele terá de se adaptar e escolher jogos e períodos mais importantes da temporada para dar seu máximo. Do contrário, terá a carreira abreviada e dificilmente vestirá a amarelinha em 2014.

José Luis Runco, médico acertadamente mantido no cargo de chefe da comissão médica brasileira, não estava mentindo quando dizia que, naquele momento (o decorrer da Copa), não era o púbis que mais incomodava Kaká O joelho deveria ter sido operado antes. E não foi, certamente, por decisão do jogador, que nunca se furtou de sacrifícios para servir seu país. Louvável aos olhos dos patriotas. Questionável do ponto de vista profissional. O time merengue, que paga um respeitabilíssimo salário ao atleta, ficou na mão mais uma vez.