sábado, 20 de junho de 2009

Saindo Fumaça






Esta semana o ambiente no São Paulo pegou fogo. As especulações que davam conta de um grupo rachado e já sem comando parecem se confirmar com a demissão do técnico Muricy Ramalho, depois da derrota para o Cruzeiro. Justificável pelos resultados deste ano.

Mas, depois de ouvir na Rádio Bandeirantes de SP, uma declaração do superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, não acreditava na queda. O dirigente garantiu a permanência de Muricy independentemente do resultado da noite de quinta no Morumbi. O agora vereador, não tem mais o mesmo peso de antes nas decisões tomadas pela cúpula tricolor. Tanto que a reunião que definiu a saída do técnico tri campeão e a chegada repentina de Ricardo Gomes apenas os diretores de futebol João Paulo de Jesus Lopes e Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, estiveram presentes ao lado do presidente Juvenal Juvêncio.

Leco é de longe o mais polèmico cartola sãopaulino. O mesmo que chamou Ronaldo Fenômeno de ex-jogador em atividade. Até os próprios torcedores e conselheiros do clube do Morumbi tem reservas quanto à postura de Leco.
Sobre Muricy, dificilmente alguém vai repetir seu feito de conquistar três campeonatos nacionais seguidos. Seu nome é um dos mais importantes da história do tricolor. Talvez, mesmo que não admita, esteja arrependido de iniciar o quarto ano seguido no cargo. Ele atingiu um estágio tal que a derrocada era previsível. Muricy vai agitar o mercado de treinadores. Será a bola da vez a cada novo técnico demitido. Vai poder escolher a dedo um ambiente tranqüilo e até ir para o exterior.

Ricardo Gomes. Sem dúvida uma surpresa. Uma interrogação. Sua larga experiência em terras francesas está longe de ser garantia de sucesso. A coisa por aqui é diferente e com muito mais pressão. Ricardo, de fala mansa e ar blasé, não da pinta de ter o estofo necessário para lhe dar com essa situação. Na passagem pela seleção olímpica um fracasso retumbante na busca pelo ouro. Milton Cruz poderia ter sido efetivado. Mas o São Paulo mantem os outros profissionais da comissão técnica. E este é o indicativo mais forte de que o barco não vai afundar de vez.