sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Peixe destrói campeão da América


Não. Não foi um amistoso relâmpago de pré temporada no qual o Santos teria vencido a famigerada LDU. Nem tampouco uma briga direta entre os dois clubes por um jogador. O motivo do fim do campeão da América foi um grupo de investidores. O torcedor com boa memória vai lembrar que o time equatoriano, que bateu o Fluminense na final da Copa Libertadores, do ano passado, tinha dois jogadores que impediam a rotulação do time como um “bem arrumadinho, mas medíocre”.


Bolanõs e Guerrón. Esses tinham algo a mais. Esses tornavam injustas as comparações com o colombiano Once Caldas, que um dia eliminou o São Paulo numa semifinal do torneio sul americano. Time feio. Que jogava com uma eficiência de dar nojo e de entristecer quem gosta do futebol bem jogado. Como pôde um amontoado como aquele ter conquistado o continente? Deve ser praga daqueles treinadores que se dizem apaixonados pelo futebol total. Totalmente sem graça.


Com a LDU, em alguns momentos, era tão diferente que até provocava simpatia. Guerrón tem DNA de brasileiro. Ginga de malandro e alegria de menino. O Robinho deles. Nem bem acabou aquele segundo Maracanaço para os tricolores e ele já estava de malas prontas para a Europa. Para o Getafe. Que tem a seu favor apenas o fato de realizar suas atividades na bela Madrid. Renegado, por condições econômicas e históricas, a ser o eterno coadjuvante de Real e Atlético. Como foi um dia o Rayo Vallecano. Alguém lembra? Pois é. Este timeco levou o então sãopaulino Guilherme, artilheiro do campeonato paulista, a gramados europeus. Triste destino dos craques sulamericanos.


Voltando a LDU campeã lembramos de Bolãnos que fazia pelo lado direito, com menos brilho, o que Guerrón fazia pela esquerda. Pobre Bolãnos. Ficou mais um ano por lá e sofreu. Apenas o argentino Manso dava uma pequena mãozinha. Suficiente para impedir um vexame no recente Mundial da Fifa. Graças ao grupo Sondas, que acaba de comprar os direitos federativos do atleta, e ao Santos que vai recebe-lo de braços abertos, acabou o sofrimento da andorinha semi solitária.

Bolanõs vem para formar dupla de ataque com o incontestável Kleber Pereira e ser municiado por Mádson e Lúcio Flávio. Dois armadores de fazer inveja. Daqueles que os mais saudosistas preferem dizer que não existe mais. Alguns santistas empolgados certamente dirão se tratar de um quadrado mágico. Não chego a tanto. Mas, qualquer um desses quatro jogaria no meu time com sobras.

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