quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Concordâncias 2 x 2 discordâncias

O Brasil venceu a Itália por dois a zero. E jogou bem. Isso não quer dizer que vamos parar e aplaudir Dunga como se ele fosse o maior dos técnicos. Também não vamos ser idiotas a ponto de fechar os olhos para méritos claros. Então aponto quatro pontos que me chamaram a atenção. Dois contra e dois a favor do capitão do tetra.

Primeiro é hora de dar o braço a torcer. Felipe Melo. Um ilustre operário do futebol europeu. Até bem pouco tempo servia um time de quinta categoria na Espanha. O Racing Santander. Tomou conta da saída de bola do Brasil. De cabeça erguida, com muita elegância e sem errar passe. Afundou de vez o glorioso Josué. Tomara que não tenha sido um espasmo.

Nunca acreditei em jogadores que cavassem seu lugar na seleção brasileira pela importância tática. Talvez bobamente imaginava que sem grande talento era impossível. Elano me desmente de forma categórica. Um jogador comum que veste a amarelinha sem sentir o peso da história e dá fluência ao time.

Agora as bolas foras. Adriano parece um bonde. O time para quando a bola chega nele. Mata todas de canela e não tem representado, nem de longe, um tormento para os zagueiros adversários. Não consigo entender Pato no banco. E que não me venham com aquela ladainha de "estamos preparando o menino". Conversa. Ele está numa fase exuberante e tem que jogar.

Ronaldinho Gaúcho foi apenas um pouco melhor do que de costume. Muita firula e pouca produção. A dois anos ele não joga a bola que justifique a convocação. Se a história fosse tudo, Romário estaria até hoje com a 11.

Mas ontem, em alguns momentos, deu pra vibrar com a seleção.

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